
O vídeo de hoje é para trazer um questionamento para vocês: será que somos obrigadas a gostar de nós mesmas?
Eu venho pensando nesse assunto há algum tempo e queria trazer ele em pauta aqui com vocês.
Assista ao vídeo abaixo:
Padrão de beleza x Amar o próprio corpo
Hoje em dia, nós mulheres ainda vivemos em uma época em que somos cobertas e invadidas por uma pressão por um padrão de beleza impossível de atingir. No entanto, também vivemos em uma época onde há um movimento que incentiva que vejamos o nosso corpo de uma forma positiva, fora desses padrões.
E é nessa polarização que mora o problema, na minha opinião. Os efeitos nocivos que tentar atingir um padrão de beleza surreal traz, nós já sabemos e estamos mais familiarizadas. O que está sendo novidade é essa onda de nos aceitarmos do jeito que somos.
Teoricamente, a proposta é linda! Imagina, só! A gente se amar do jeitinho que a gente é, reconhecendo que nosso valor vai muito além de uma imagem corporal.
O problema
O problema é o quão difícil isso é. E não só o quão difícil é, mas o quanto muitas mulheres se sentem inadequadas por não se sentirem bem com os seus próprios corpos e aparências. O quanto a gente pode acabar não se vendo naquele padrão de beleza irreal, mas também não nos vendo nessa filosofia de nos amarmos.
Já parou para pensar na angústia que isso traz? O quanto não nos sentimos erradas, menos evoluídas e qualquer outra sensação que isso traga…
E aí vocês vão poder falar:
Ana, super me identifico com isso, mas o que eu posso fazer?
E aí que eu trago o que Carl Rogers traz na teoria dele, quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo.
Então, o que eu proponho é exatamente isso. Aceitarmos que não vamos gostar de tudo na gente. E ta tudo bem. Não vou gostar da minha barriga, do meu peito, do meu nariz…
Posso não gostar de coisas em mim e está tudo bem. E é só aceitando que está tudo bem que fica mais fácil mudarmos aquilo que não faz sentido para a gente.
Mas, alguns avisos aqui:
– isso quer dizer que esse processo é fácil, não! De fácil não tem nada! E é um processo, uns dias você estará melhor do que em outros
– entenda se o que você não gosta é porque os outros falaram que é feio ou é porque você realmente não se sente bem? E esse é um trabalho mais difícil ainda que vai precisar de muita auto-observação
– não se maltrate por ter alguma característica que você não gosta. Lembre-se: está tudo bem! Se for o caso, se apega a essa frase e usa como um mantra na sua vida!
E é isso!
Você se identifica por ficar no meio desse caminho entre tentar atingir um padrão de beleza e ter que amar quem você é?
Me conta aqui que eu vou amar!